17/05/2013

Lua, meu coração.



Que seria o sol se não pudesse brilhar
E todo a sua virilidade mostrar?
E que seria se não aprendesse a tal faze-lo
E demonstrar que tu mestre tiveste zelo.

Que seria se só ele mesmo fosse eterno?
Devo admitir, há um certo encanto em seu fim.
Há vida onde há morte, há duvidas onde não há determinação,
E desespero onde não se vê um pouco de fé.

E por toda seu jornada, jamais encontrará
Sua amada, aquela que te sobrepõe,
Que te sustenta, que lhe fornece sustento,
Graciosidade, coerência, elegância.

És enaltecido e tu mesmo enalteces.
Sua virgindade, jamais explorada.
Terra de encantos, mistérios e temores.
Sol, o que serias de tu, se tu mesmo não fosse nada?

E mesmo em nada se resumindo,
Que haveria de ser, senão o sol como conhecemos?
Que serias sem tua companheira,
Sua amada, sua alma, sua parte e seu todo.

Sua alma, seu coração.
Embora figurativo, tens conhecimento
De que mesmo separados,
Permanecerão, para sempre, em união.

\\Veckia. [16/05/2013]